A
DIVINDADE DE CRISTO (Confirmada)
Professor: Pr. Gilson Soares dos Santos
“A base do cristianismo é a crença de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, isto é, Deus manifesto em carne humana.”(1)
1 – A
DIVINDADE COMPROVADA (Por Charles C. Ryrie) (2)
Conforme expõe Charles C. Ryrie em sua
Teologia Básica ao Alcance de Todos:
A – Ele
possui os atributos exclusivos de Deus
1. Eternidade.
Ele afirmou que existia eternamente (Jo 8.58; 17.5).
2. Onipresença.
Ele afirmou que estava presente em todos os lugares (Mt 18.20; 28.20).
3. Onisciência.
Ele mostrou ter conhecimento de coisas que somente poderiam ser conhecidas se
ele fosse onisciente (Mt 16.21; Lc 6.8; 11.17; Jo 4.29)
4. Onipotência.
Ele demonstrou e alegou ter poder para fazer tudo o que desejasse (Mt
28.18; Mc 5.11-15; Jo 11.38-44).
Há
mais atributos da Deidade dados a ele por outros (e. g.., imutabilidade, Hb 13.8), mas os que citamos são declarações
que o Senhor fez a respeito de si mesmo.(2)
Ryrie prossegue:
B. Ele
faz o que somente Deus é capaz de fazer
1. Perdão
de pecados. Ele perdoa pecados de maneira eterna. Os homens podem fazer
isto temporariamente, mas Cristo oferece o perdão eterno (Mc 2,1-12).
2. Vida.
Ele dá vida espiritual para quem desejar (Jo 5.21).
3. Ressurreição.
Ele irá ressuscitar os mortos (Jo 11.43).
4. Julgamento.
Ele irá julgar todas as pessoas (Jo 5.22,27).
Todos esses exemplos são obras que Jesus realizou ou afirmações que ele
fez, não declarações que outros fizeram a respeito dele.(3)
Ainda em defesa da divindade de Cristo, Charles C. Ryrie expõe:
C. Ele
recebeu nomes e títulos de deidade
1. Filho
de Deus. Nosso Senhor usou esta designação para falar de si mesmo (embora
raramente o fizesse, Jo 10.36), e reconheceu sua veracidade quando foi usada
por outros para falar dele(Mt 26.63,64).(4)
Nas palavras de Ryrie:
D. Ele
afirmou ser Deus
Talvez a ocasião mais clara e mais forte de
tal declaração tenha sido a da festa da dedicação, quando afirmou: “Eu e o Pai
somos um” (Jo 10.30). [...] foi isto o que as pessoas escutaram, pois
imediatamente tentaram apedrejá-lo por blasfêmia, uma vez que se fazia igual a
Deus (v. 33).(5).
2 – A
DIVINDADE COMPROVADA (Por Franklin Ferreira e Alan Myatt)
Franklin Ferreira e Alan Myatt em sua
Teologia Sistemática afirmam: “Os autores do Novo Testamento citaram textos do
Antigo Testamento sobre Deus, aplicando-os de forma consistente à pessoa de
Jesus Cristo. Alguns exemplos são: “O trono dele é para sempre” (Sl 45.6,7;
93.2. cf. Hb 1.8); “ele enche o céu e a terra” (Jr 23.24; cf. Ef 4.10); ele é o
criador (Gn 1.1; cf. Jo 1.1-3; Is 44.24. cf. Cl 1.16); o rei eterno (Sl 145.13;
Dn 7.14. cf Lc 1.33); O juiz de toda a terra (Gn 18.25. cf. II Co 5.10); nossa
esperança (Sl 39.7 cf. I Tm 1.1); fonte de nossa força (Sl 119.28 cf. F. 4.13)
e único Salvador (Is 43.11; 49.26; cf. Mt 1.21; I Tm 1.15; At 15.11; Hb 5.9;
7.25).(6)
3 – A
DVINDADE COMPROVADA (Por Wayne Grudem)
Waqyne Grudem apresenta a divindade de Cristo da seguinte forma:
a. A
Palavra Deus (theos) atribuída a Cristo. Apesar de a palavra theos, “Deus”, ser em geral reservada no
Novo Testamento para Deus Pai, há algumas passagens em que é também empregada
em referência a Jesus Cristo. Em todos esses trechos, a palavra “Deus” é
empregada com um sentido denso em referência àquele que é Criador do céu e da
terra, o governante de tudo. Entre essas passagens encontram-se João 1.1; 1.18;
(em manuscritos melhores e mais antigos); 20.28; Romanos 9.5; Tito 2.13;
Hebreus 1.8 (citando Salmos 45.6) e II Pedro 1.1.
Um
exemplo veterotestamentário do nome Deus
aplicado a Cristo encontra-se numa passagem messiânica bem conhecida: “Porque
um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros;
e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus
Forte...” (Is 9.6).(7)
Wayne Grudem sustenta:
“Outra confirmação clara da divindade de
Cristo é o fato de ele ser considerado
digno de culto, algo que não pode ser dito de nenhuma outra criatura,
inclusive anjos (Ap 19.10), mas só de Deus. A Bíblia ainda diz de Cristo: “Deus
o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que
ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e
toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp
2.9-11). De modo semelhante Deus ordena que os anjos adorem a Cristo, pois
lemos: “E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6).
João tem permissão de vislumbrar o culto que ocorre no céu, pelo que vê
milhares e milhares de anjos e criaturas celestes em torno do trono de Deus
dizendo: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e
sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.” (Ap 5.15) .(8)
(1) GEISLER.
Norman, Enciclopédia de Apologética:
respostas à crítica da fé cristã. São Paulo: Vida. 2002. P. 203.
(2) Ryrie Charles C., Teologia Básica ao Alcance de Todos.
São Paulo: Mundo Cristão. 2011. p. 284.
(6) FERREIRA. Franklin, MYATT.
Alan, Teologia Sistemática: uma análise
histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida
Nova. 2008. P. 506.
(7) GRUDEM. Wayne, Teologia Sistemática: Atual e Exaustiva.
São Paulo: Vida Nova. 1999. P. 448.